Afrânio era ateu. Era um homem pacífico que gostava de fazer caridade. Sempre ajudava as pessoas necessitadas. As igrejas católicas e evangélicas sempre pediam auxílio.
Afrânio nada pronunciava sobre religião. Certo dia, o pastor de uma das igrejas entrou com um assunto sobre religião, mas Afrânio logo o interrompeu, dizendo que não falava sobre esse tema. Diante do posicionamento de Afrânio, o pastor não mais o procurou.
Afrânio era uma pessoa sistemática, que gostava das coisas de forma correta e odiava corrupção. Era verdadeiro e sincero.
Afrânio arrumou uma namorada que era evangélica. Mas ela respeitava as convicções e posições dele acerca da religião. Afrânio era um leitor assíduo. Sua namorada era professora e ele advogado.
Após três anos de namora eles se casaram. O primeiro filho era um belo menino chamado Marcos. O segundo, uma bela menina chamada Mariana.
Marcos, já com sete anos e Mariana com seis, acompanhavam a mãe todas as semanas nos cultos na Igreja Batista. Afrânio não se incomodava com tal procedimento.
Todas as noites, Afrânio ficava à cabeceira da cama de um dos filhos e contava estórias até que eles adormecessem. Ele dizia para esposa que a prática era para incentivar as crianças a tomarem gosto pela leitura. Afrânio era muito amável com sua família.
O tempo passou e Afrânio se aposentou, dedicando ainda mais tempo com a família, inclusive com mais oportunidades de viajarem juntos.
por Toni Freire/2022