Havia um homem que morava em Montes Claros – MG. Era uma pessoa muito inteligente. Seu nome era Danilo. Ele veio do Rio de Janeiro – RJ para trabalhar no Banco do Brasil como gerente. Ele se orgulhava do seu trabalho.
Danilo era casado com Marília. Eles tinham dois filhos, Jaqueline e Danilo.
Danilo era extremamente dedicado ao trabalho e pouco ficava em casa. O trabalho o consumia tanto que ele não tinha quase nenhum tempo para se dedicar a família. Ao chegar em casa, seus filhos, ainda crianças, já estavam dormindo. Já bem cedo, já saia para o trabalho. Não era raro ficar mais de uma semana sem ver os filhos.
Jaqueline sempre buscava a atenção dele, tentando mostrar desenhos que ela produzia. Mas ele alegava preocupações com o trabalho e quase nunca podia dar atenção à esposa. Era um marido e pai sempre ocupado com as questões do trabalho.
Para a família nunca faltou conforto material, mas sempre faltou a atenção e o amor do pai. Sua esposa andava sempre deprimida por causa da solidão.
Certo dia seu filho contraiu caxumba. A esposa logo avisou Danilo, preocupada com o menino. Danilo, alegando estar ocupadíssimo, disse que logo enviaria um médico para ver o menino. A esposa ficou indignada com a atitude do marido.
Com o passar do tempo Danilo se mostrou extremamente estressado e exausto com o trabalho, o que o obrigou a períodos de afastamento do trabalho.
Em uma noite, Danilo sofrei um AVC e teve que ser hospitalizado com urgência. Permaneceu quatro dias no hospital. Ao sair do hospital, o médico comunicou à Jaqueline que, em função das sequelas da doença, Danilo não voltaria mais a andar, fazendo-se necessário o uso de cadeiras de rodas.
Diante da situação e apesar do histórico de estupidez e descaso para com a família, Danilo passou a ser cuidado pela esposa e filhos com muito afeto. Dai em diante, vivia aos prantos, se dizendo arrependido.
por Toni Freire/2022