Aquele foi um reencontro meio que despretensioso. Ali, sentado numa mesinha no Mapa de Minas, aqui em MOC, eu, Jairo e Fabinho, tivemos uma agradável conversa. O encontro, depois de muito tempo, foi provocado pelo Fabinho, que sempre manifestou essa vontade de promover um reencontro com toda a turma do Polivalente e Biotécnico.
Compreensível. Esses tempos passados nos marcaram sobremaneira, fato evidenciado pela explosão de manifestações e emoções no grupo do WhatsApp.
Parece até que era um desejo dormente em cada um de nós, que, de repente, se fez realidade, ainda que em grande parte ainda de modo virtual (graças a Deus a tecnologia evoluiu a ponto de nos proporcionar tais experiências).
Éramos três naquela mesa do Mapa de Minas. Já somos trinta agora no grupo. E ai vem mais gente! Efeito multiplicador!
Não ouso aqui aventurar-me pelos meandros da psicologia. Mas, fico me perguntando o motivo pelo qual tivemos esse resultado. Numa reflexão rasa e até simplista, penso:
Educação – somos uma geração que foi educada de forma privilegiada – crença desse que vos escreve -, onde pais e mestres nos impunham limites, noções de ética, moral e até civismo (Educação Moral e Cívica, lembram???). Os colégios, principalmente o Polivalente, tinha claras regras de disciplina, sem tolher a nossa criatividade e liberdade. Tivemos a sorte de ter professores preparados que muito nos auxiliaram nesse importante período de nossas vidas. Éramos muito mais colaborativos do que competitivos.
Convívio e interação – vivemos um mundo real, do olho no olho, da presença física! Convivemos quase que diariamente, estudando, praticando esportes, nos divertindo. Tínhamos amigos, vários. Aprendemos a nos admirar, a nos respeitar. Frequentávamos as casas uns dos outros. Nada de virtual. Tudo real!
Não me lembro de nenhuma situação crítica envolvendo desrespeito ou bulling entre nós os colegas. Eventuais desavenças, muitas delas originadas nas quadras de futebol, handebol, vôlei, basquete…, eram rapidamente resolvidas. O “ficar de mal” durava não mais que uns dois dias.
Mesmo as molecagens e estripulias – típicas da fase – eram quase que um repetir de práticas inerentes à idade, vistas até com certo romantismos. Ahh, esses meninos!!! Ahh, essas meninas!!!
Saudosismo, nostalgia? Pode ser, mas acho mesmo que o nome disso é AMIZADE! Sincera! E como disse o grande Renato Teixeira,
A amizade sincera
É um santo remédio, é um abrigo seguro
É natural da amizade
O abraço, o aperto de mão, o sorriso…
Efeito multiplicador…
por Anderson Nobre