Erva Daninha!

Foi num verão de janeiro em início

Distante 1989, que em anos conto trinta

Em pura conspiração, capricórnio!

Ela me apareceu em broto, fechado, mas de sorriso aberto

Puro frescor de morena lindeza

Logo eu quis colher… Colhi!

Ela em erva flor se abriu. Bela, viçosa

Logo eu quis entrar… Entrei!

Dois contidos em um

Crescemos, amadurecemos, frutificamos, ramificamos

Inequações do amor: um mais um igual a cinco

Eu, ainda e sempre, preso, entrelaçado em seus ramos e pétalas

Não, não consigo me soltar. Algemas da alma, almas gêmeas

Ela, ainda e sempre, bela em erva flor, de encanto e sedução

Eu inebriado, entorpecido, sinto seu cheiro e seu gosto. Gosto!

Da erva, da flor. Meu eterno vício

Erva minha, minha Dânia, minha erva Daninha…


Por Anderson Nobre

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