Independência ou Morte!!

Aconteceu comigo no Polivalente…

Acho que já estávamos na oitava série. Mês de agosto, logo após o termino das férias do meio do ano. Época em que as escolas municipais e estatuais começavam os preparativos para o desfile do Sete de Setembro. É naquele tempo o evento era sagrado e contava como presença para cumprimento do período letivo.

Estávamos em aula, quando  adentra o recinto a nossa diretora Dona Maria Lúcia. Veio dar notícias dos preparativos para o desfile, lembrando a obrigação de participarmos dos ensaios. O Polivalente teria que fazer bonito.

De repente, a diretora lança-me um olhar, seguido do comunicado de que eu havia sido escolhido para levar a bandeira do colégio à frente da escola. Eu deveria ter ficado extremamente agradecido e envaidecido, pois a comitiva de frente seria eu, rodeado de seis lindas colegas. Mas, na minha extrema timidez dos tempos de ginásio (estou um pouquinho menos tímido agora), fiquei apavorado. Como, sair na frente só com mulheres? O pessoal vai se deleitar nas gozações. Não deu outra…Já nos primeiros ensaios, gritos, vaias e até assobios. Ficava vermelho de vergonha e de raiva. Queria sumir dali.

Aproximava-se o dia do desfile. Pavor!!!

Estrategicamente, somente avisei a minha mãe da minha missão de conduzir a bandeira do colégio faltando uns dois dias para o desfile. Ela quase me mata, pois não daria tempo de preparar o uniforme de gala (até tentamos lá como Jerry alfaiate, pai da Regina e do Larry). A confusão estava armada.

Resumindo. Não fui ao desfile com o colégio. Graças aos céus a Simone assumiu com brilhantismo a tarefa de levar a bandeira. O Polivalente cumpriu seu desfile de forma magnífica.

Bom, na segunda-feira, relutei em ir a aula, pois temia o encontro com a diretora. Não deu outra, levei uma tremenda advertência por escrito e só não fui suspenso pela interferência da minha mãezinha querida. Ufa!!

Obrigado Simone.

por Anderson Nobre

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