Janeiro 2020

Tu vens sempre assim, abrindo alas pro ano inteiro. És o primeiro!

É meu velho Janeiro… Lembra sempre que durante ti, nasci. Já faz muito tempo. Cresci!

Mudou década e tu veio meio diferente, até menos quente, mas passou… Ligeiro!

Veio forte, marcante, chuvoso. Trouxe a memória da terra molhada. Gostoso!

Regou caminhos há tempos ressequidos em terra rachada.  Trouxe água pras ruas, campos e rios. Enxurrada!

E para aqueles que temiam teu veranico? Qual nada, tu abristes o bico, jorrou água sagrada. Chuvarada!

Trouxe a esperança do verde. Casou semente e terra. Vingou plantação. Deu fruto de montão. Que benção!

Trouxe também desespero, mortes, destruição, enchente. Mas, fazer o que, culpa desse bicho.  Gente!

Vai Janeiro, traz agora Fevereiro…


Por Anderson Nobre

Gentileza avaliar esse texto