Tu vens sempre assim, abrindo alas pro ano inteiro. És o primeiro!
É meu velho Janeiro… Lembra sempre que durante ti, nasci. Já faz muito tempo. Cresci!
Mudou década e tu veio meio diferente, até menos quente, mas passou… Ligeiro!
Veio forte, marcante, chuvoso. Trouxe a memória da terra molhada. Gostoso!
Regou caminhos há tempos ressequidos em terra rachada. Trouxe água pras ruas, campos e rios. Enxurrada!
E para aqueles que temiam teu veranico? Qual nada, tu abristes o bico, jorrou água sagrada. Chuvarada!
Trouxe a esperança do verde. Casou semente e terra. Vingou plantação. Deu fruto de montão. Que benção!
Trouxe também desespero, mortes, destruição, enchente. Mas, fazer o que, culpa desse bicho. Gente!
Vai Janeiro, traz agora Fevereiro…
Por Anderson Nobre