Caíram, como lágrimas, em um dia qualquer.
Algumas, talvez por sorte quem sabe, retardaram seu inexorável destino.
De se afogarem no tempo.
Gotículas em breve repouso, numa superfície seca de uma folha verde.
Concedendo-a um breve aconchego de um choro, para logo escorrerem folha abaixo.
Ou, vagarosamente, secarem.
Mas não sem antes pedirem um registro, que as congelassem, ali, naquele casual instante, pra sempre.
Como lágrimas, em um dia qualquer.
Por Anderson Nobre