Nos tempos do Polivalente…
Houve uma época no Polivalente em que havia salas de aula específicas para cada uma das matérias. As aulas de ciências aconteciam nas duas últimas salas do lado de baixo, seguindo direto a partir do portão de entrada.
Lá estávamos em certa ocasião esperando o início da aula. Conversa animada e distraída na rodinha de colegas, razão pela qual não nos demos conta da aproximação de uma distinta senhora portando um objeto contundente (pedaço de pau) em uma das mãos. Ela vinha acompanhada de um menino, devidamente uniformizado, certamente seu filho e também aluno da escola.
Ao se aproximar da nossa roda de bate-papo a dona gritou ferozmente, largando a mão do acompanhante:
– É VOCÊ MOLEQUE??!!! Agora cê vai aprender a não bater nos filhos dos outros.
O nosso querido Adriano Borém, num explicito ato de mea-culpa, largou a pasta com o material escolar e partiu em disparada em direção à saída do colégio. Incontinenti, a vingadora partiu atrás, também em velocidade máxima. Foi um verdadeiro auê! Adriano, lépido como sempre, percorreu os duzentos metros, com barreira, pois havia uma mureta ao final do percurso, num tempo jamais superado, conseguindo escapar da mãe vingativa.
Lógico que a situação foi rapidamente contornada pela turma do deixa disso.
É amigo Adriano, essa foi por pouco.
por Anderson Nobre