Por Ramon Freire Nobre – abr/2020

Sem dúvida, os tempos modernos trouxeram areias do deserto. Um grande vazio paira lá fora. 

Mas eu fiz minha escolha! Aqui dentro da minha casa estão sendo cultivados campos de flores, de variadas tonalidades, silvestres, selvagens. Suas variadas matizes cintilam de forma incandescentes sob os raios de Sol que adentram pelas janelas. 

Aqui, portas e janelas são abertas todas as manhãs para que a brisa matinal adentre o lar e refresque a almas o coração de todos que aqui convivem. A alegria ecoa em todos os cantos da casa, revelando a abundância da vida. 

Emoções puras e profundas se manifestam, demonstrando a intensidade da vida intocada e inviolável. 

Diariamente tocamos os sinos e acendemos as velas mais brilhantes, oramos, sentamos juntos à mesa comungando a celebração da Vida. 

Não estamos fazendo desse momento atual um tempo perdido, pelo contrário, um tempo agraciado, divino, reverenciado como uma oportunidade única de resgatarmos instantes de vida outrora desperdiçados com coisas inúteis, supérfluas como fôssemos eternos. 

Não, somos na verdade, um verdadeiro milagre, onde cada momento pode ter o sabor de uma eternidade. Finitos, mas infinitos em um mergulho indescritível na simplicidade e abundância da Vida.

E peço, com muito carinho, que todos passem, a partir de hoje, a fazer a escolha certa: que o amor à Vida supere, incomparavelmente, o temor à morte!

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