Colegas, você têm sido generosos, gentis e educados. Como dizem sempre que estão gostando dos relatos das lembranças, aqui vai mais uma…

Lembro-me no Polivalente…

Sempre gostei das aulas práticas. Confesso aqui meu lado preguiçoso, que tanto me incomoda, daqueles que não gostam de ler o manual e já querem partir direto para a prática. Já quebrei e perdi muita coisa por conta disso…

Mas, voltando ao que interessa, as aulas práticas do Polivalente sempre me atraíram (Educação para o lar um pouco menos).

Quinta série, segundo semestre. Aulas de Práticas Industriais. Vem agora em minha mente uma imagem, quase em negativo, de um rosto feminino. Acho, portanto, que de uma professora. Surge também um possível nome, Neuma, Nelma, Norma…algo assim, iniciado com N. Mas, sinapses já prejudicadas pelo tempo, não vou recordar o nome. Mas, felizmente, o coletivo dos neurônios dos colegas, revelou o nome: Dênia!.

Lembro-me, contudo, de instalações bem equipadas. Máquina de solda, serra tico-tico, serra circular, esmeril, prensa, tesouras industriais, alicates, chaves de fenda, etc. Portanto, tínhamos práticas de serralheria, carpintaria, instalações elétricas (montávamos lâmpadas ligadas em série e em paralelo, aprendendo as diferenças).

Certo dia levei uma baita bronca da professora por ter me aproximado sem o devido cuidado da serra circular em funcionamento. A mulher soltou um grito que ecoou por todo o colégio. Mas ela estava certa. Deu-nos lições de segurança no trabalho. Mestra!

Lembro-me, também, de trabalhos artesanais com material oriundo de latas de óleo (dessas de cozinha mesmo, tipo Mariflor, Boazinha, Maria…). Dentre os diversos objetos, fazíamos braceletes recortados com um tesourão e finalizados no esmeril e na prensa. Concluíamos o adereço fazendo inscrições sobre o metal, normalmente o nosso próprio nome. Diversas vezes sai da aula ostentando o peça nos punhos, sentindo-me um verdadeiro gladiador romano (Perdoem. Fantasias de uma criança de 11 anos de idade, rsrsrs).

Obrigado professora Dênia (obrigado pela lembrança colegas).

Como era bom esse tal de Polivalente!

por Anderson Nobre